LITERATURA DE CULTO 13: O VELHO E O MAR
Eu não gosto de Ernest Hemingway. Não gosto da atitude ultra-machista que teve durante quase toda a sua vida, arrepia-me o seu fascínio por armas de fogo, o seu amor por touradas, a sua participação voluntária em ambas as guerras mundiais e na guerra civil Espanhola, o seu alcoolismo violento. Já li bastantes livros de Hemingway, e não gosto de nenhum. Nenhum! Excepto dO Velho e o Mar.
Escrita em Cuba no ano de 1951, O Velho e o Mar é a última grande obra de Hemingway a ser publicada em vida. Inspirado pelas histórias e modos de vida dos pescadores locais, Hemingway narra a batalha de um velho lobo do mar em maré de azar contra um peixe de grandes dimensões, a sua maior pesca numa longa vida piscatória. Dois dias de luta intensa para dominar o espadarte, e mais alguns dias remando de volta para terra, enquanto delira de fome e cansaço e defende a sua presa dos ataques de tubarões.
O Velho e o Mar é um pequeno épico, há dimensão do seu próprio protagonista. Os diálogos interiores durante grande parte da obra e o respeito pelo espadarte, apelidando-o de "irmão", encontram paralelo nas vidas das populações piscatórias do Portugal de antigamente. Aqui encontra-se a materialização das histórias que ouvia em pequeno quando ia buscar o meu avô à taberna. Vencedor do Pulitzer Prize de 1953 e fulcral para a obtenção do Nobel da Literatura em 1954, encontramos no velho pescador um Hemingway já cansado e à procura de redenção. E eu fui educado a respeitar os pescadores, por muito arrogantes e aldrabões que sejam. Hemingway enganou-me desta vez! Odeio-o por isso também!
Escrita em Cuba no ano de 1951, O Velho e o Mar é a última grande obra de Hemingway a ser publicada em vida. Inspirado pelas histórias e modos de vida dos pescadores locais, Hemingway narra a batalha de um velho lobo do mar em maré de azar contra um peixe de grandes dimensões, a sua maior pesca numa longa vida piscatória. Dois dias de luta intensa para dominar o espadarte, e mais alguns dias remando de volta para terra, enquanto delira de fome e cansaço e defende a sua presa dos ataques de tubarões.
O Velho e o Mar é um pequeno épico, há dimensão do seu próprio protagonista. Os diálogos interiores durante grande parte da obra e o respeito pelo espadarte, apelidando-o de "irmão", encontram paralelo nas vidas das populações piscatórias do Portugal de antigamente. Aqui encontra-se a materialização das histórias que ouvia em pequeno quando ia buscar o meu avô à taberna. Vencedor do Pulitzer Prize de 1953 e fulcral para a obtenção do Nobel da Literatura em 1954, encontramos no velho pescador um Hemingway já cansado e à procura de redenção. E eu fui educado a respeitar os pescadores, por muito arrogantes e aldrabões que sejam. Hemingway enganou-me desta vez! Odeio-o por isso também!
Etiquetas: Ernest Hemingway, Literatura, O Velho e o Mar
não li o livro e não me cheira que o leia nos próximos anos, embora gostasse de ler algo de hemnigway.
vi uma animação muito interessante baseada neste romance (penso que se trata de um romance, não tenho a certeza), com uma técnica de animação mui interessante. até passou um documentário na dois sobre isso.
se encontrares vê.
http://www.imdb.com/title/tt0207639/
uau. ganhou um oscar e tudo. não sabia. descobri agora.
agosto 07, 2007
Olá... e perdão por me intrometer... mas lê o "The Garden of Eden"... e seguramente mudas de opinião...; ñ sou fã do homem... mas admiro a simplicidade e a objectividade da escrita...;o homem ñ sabe encher choriços... lol
outubro 06, 2007
Simplesmente maravilhoso
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