meta name="robots" content="noindex" /> Contraculturalmente: março 2006



OUTROS CULTOS 10: RICARDO 3º

sexta-feira, março 24, 2006
Aqui vai o chamado post-expresso, totalmente sem rede e em cima do joelho:



O Teatro Municipal de Faro tem a honra de apresentar, em estreia absoluta no nosso país, a peça Ricardo 3º de William Shakespeare, dirigida e adaptada por Àlex Rigola.

Até aqui tudo bem, não fosse o facto de este Ricardo 3º ser uma adaptação que mistura a estética dos Sopranos com os Rolling Stones e todo um universo kitcsh. A acção, segundo me confidenciou o próprio Ricardo 3º e Lady Anna, é passada num bar bem 70's. Ricardo é um pistoleiro, os membros da realeza são barmans e barmaids, existe um ventríluco mafioso e um videowall a passar imagens subversivas, para além da banda a tocar clássicos de Rock and Roll em Inglês, Catalão, Francês e Castelhano! Uma maradiçe a não perder numa curta temporada de duas datas. Se residem nas redondezas aconselho vivamente esta peça, mas se não puderem vir ao Algarve (que é longe de tudo menos do próprio Algarve em si), fiquem atentos, pois é existe a forte probabilidade de Ricardo 3º voltar a entrar em cena em Lisboa ou no Porto. Ficam desde já avisados! Pelo amor de tudo o que é kitcsh, não percam a oportunidade de irem ao teatro ver o Ricardo 3º!! Se não for agora, pode ficar para a próxima... Mas vejam mesmo!

Deixo-vos com algumas fotografias da peça...







E um excerto em video neste link...

Esqueci-me de referir um pormenor importante: A peça é em Catalão, legendada em Português! Como se legenda uma peça de teatro, perguntarão vocês? Não sei, mas irei descobrir amanhã. Tenho a sorte de ter um emprego simplesmente espectacular, onde volta e meia conheço pessoas ligadas ao teatro. E essas mesmas pessoas são sempre muito simpáticas e oferecem-me muito bilhetinho para espectáculos... Sou um sortudo ordinário, não sou?

RICARDO 3º, HOJE E AMANHÃ, NO TEATRO MUNICIPAL DE FARO!

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FILME DE CULTO 10: TRAINSPOTTING

quarta-feira, março 22, 2006


Trainspotting: Hobby comum em países Aglo-Saxónicos, que se baseia na observação e anotação detalhada de todos os comboios, os seus números de série e anos de serviço, informação essa a ser partilhada entre outros Trainspotters.

Trainspotting: O título do primeiro romance de Irvine Welsh, editado em 1993. Uma colecção de histórias curtas interligadas pelo fio condutor da dependência pela heroína, numa Escócia cinzenta e depressiva. Vencedor do Booker Prize de 1993.

Trainspotting: Um filme de 1996, baseado no livro de Welsh. Realizado por Danny Boyle e interpretado por Ewan McGregor, Robert Carlyle, Jonny Lee Miller e muitos outros. As aventuras de um grupo de amigos envolvidos em drogas duras. Os seus assaltos, as suas tentativas de recuperação, as suas sobredoses, as suas mortes, as suas tragicomédias, observadas pacientemente pelo fantasma do vírus da SIDA.

Trainspotting: Um marco numa geração. A melhor campanha anti-droga alguma vez feita. Desperta um misto de curiosidade e desconforto, mas faz-nos desejar nunca termos de lidar com os mesmos problemas que as personagens do filme.

Trainspotting: Um bebé morto que caminha no tecto. Uma sanita com a profundeza de um oceano. Uma realidade a acontecer na vossa cidade, no vosso bairro, na vossa rua.

Trainspotting: Um filme independente escuro e doentio, que ainda assim conquistou audiências pelo mundo fora, nomeado na categoria de Melhor Argumento Adaptado nos Óscares de 1999.

Trainspotting: Um filme que completou 10 anos de idade no mês passado, mas que continua tão actual como sempre.

Trainspotting: Uma obra a rever regularmente. Dos melhores filmes dos anos 90. Disponível em tudo o que é sítio.



Trailer:

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MÚSICA DE CULTO 10: BRIGHT EYES

quarta-feira, março 15, 2006
Há tempos, foi aqui falado de uma loja de discos em Leiria chamada Alquimia, cujo proprietário era exímio na arte de impingir discos de qualidade aos seus clientes, acertando nos seus gostos e preferências. Sempre que lá entro dificilmente saio sem um disco nas mãos, que não poucas as vezes desconheço completamente. Foi o que aconteceu no caso de Bright Eyes.



Bright Eyes é o nome de uma banda que se mistura com o nome de Conor Oberst, o mentor e único músico a figurar em todos os albuns do projecto. Conor pratica uma Pop com tendências megalómanas, sempre prestes a sair do obscurantismo, mas falhando perpetuamente uma e outra vez, até ao salto definitivo que tarda em chegar. Um dos seus albuns chegou a número 10 na tabela de discos mais vendidos nos Estados Unidos, e ainda assim poucos ouviram falar de Bright Eyes e ainda menos pessoas desconfiam que existe um multi-instrumentista chamado Conor que edita o seu cancioneiro desde os 13 anos de idade. Com uma carreira bastante intensa (só o ano passado, Bright Eyes editou/editaram dois discos de originais e um ao vivo), este é um nome a ter em conta num futuro próximo, tal a qualidade e espírito meio mainstream, meio underground que carregam as músicas deste projecto.


O Album sugerido este mês tem o título de LIFTED or The Story is in the Soil, Keep Your Ear to the Ground.



Lifted assume-se como um album conceptual, em que as músicas só fazem sentido se ouvidas de seguida, de tal forma que a linha onde acaba uma e começa outra é muito ténue e por vezes imperceptível. O tema base é o rescaldo dos atentados de 11 de Setembro, mas a toada é melosa (e o facto de algo ser meloso não significa propriamente que seja mau) e aquilo que seria uma reacção de uma América ferida torna-se antes um grande disco sobre o amor e outros sentimentos menores. A voz de Conor é estranhíssima, afinada "alternativamente", e a grandiosidade dos arranjos mistura-se com momentos rock "in your face" e cantinhos intimistas.

Mas o grande valor de Lifted é mesmo o seu conteúdo lírico, escrito detalhadamente num booklet muito bem ilustrado e pensado ao pormenor. Além de um grande album, ainda se ganha um grande livro de poesia que facilmente sobreviveria sem a componente musical. Sem o booklet, admito, este album seria demasiado estranho até para mim e creio que o teria descartado. Mas a experiência de acompanhar as letras à medida que as músicas nos entram pelos ouvidos tornaram Lifted numa escolha recorrente sempre que vasculho os meus "Discos Compactos". Para ouvir de olhos bem abertos.

Video: Sunrise, Sunset

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A corrente (partida) da BD!

terça-feira, março 14, 2006
O El Gordo teve a gentileza de se lembrar de mim ao pedir-me que exponha 5 traços da minha personalidade enquanto leitor de BD. Creio que o meu percurso enquanto leitor de BD ajuda a traçar o meu perfil.

Iniciei-me na Banda Desenhada desde tenra idade, tendo herdado a gigantesca colecção de BD do meu irmão, nomeadamente clássicos da Disney e da Turma da Mônica (que adorava mas que agora abomino), com um ou outro Capitão América pelo meio (nunca gostei deste em particular). Como desde sempre possuí o vício de leitura a partir do momento em que aprendi que letras juntas formam palavras, devorei a mesma colecção vezes sem conta. Os meus pais apoiavam-me, julgando ser uma fase passageira própria da infância e que um dia quando fosse mais velhinho deixasse de ler BD, como havia acontecido anteriormente com o meu irmão.

Quando tinha 10, 11 anos, visitei a casa de uns primos meus de Lisboa, na altura recém-casados. Enquanto passeava pela casa, deparei-me com aquilo me transformaria no leitor assíduo de banda desenhada que sou hoje, para grande desgosto dos meus pais: Uma divisão da casa bastante espaçosa transformada em BDteca! Fiquei maravilhado com os milhares de títulos disponíveis, todos ordenados cronologicamente, por autor e título. Sentei-me no sofá e lá fiquei horas a fio, enquanto descobria pela primeira vez o Asterix, o Tintin, o Garfield, o Gaston Lagaffe e tantos, tantos, tantos outros... Lembro-me que nem sequer jantei nesse dia, e a minha mãe conta-me que deu por mim a dormir no meio de um monte de livros com um sorriso estampado nos lábios... A partir daí esse meu primo (que nunca mais voltei a ver) passou a enviar-me regularmente livros de banda desenhada durante uma série de anos.

Era já adolescente quando comprei o primeiro livro de banda desenhada com o meu próprio dinheiro. Foi este:



Na altura acontecia uma verdadeira revolução de Comics Americanos em Portugal. De um momento para o outro, passaram a surgir regularmente nas bancas títulos dos X-Men, Homem-Aranha, Spawn, Batman, Gen13 e o universo 2099. A semanada esgotava-se perante a variedade e qualidade de títulos disponíveis. As histórias cruzavam-se umas com as outras, as personagens evoluíam nos livros, apaixonavam-se, lutavam entre si, adoeciam e morriam, o que constituía uma novidade absoluta para mim. Um puto cheio de testosterona e com a mania da perseguição identificava-se e sofria com os personagens. O ideal dos X-Men, um grupo de mutantes super-poderosos distintos do humano comum, lutando pelo seu direito de igualdade agarrou-me de tal maneira que ainda hoje vou seguindo com alguma regularidade as suas aventuras.

A minha primeira experiência profissional "a sério" foi há alguns anos no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Durante a minha temporada minhota partilhava um chalet com muita gente, boas almas na sua maioria. Foi aqui que me veio parar às mãos o meu primeiro comic independente. Tratava-se de Lenore, The Cute Little Dead Girl. Fiquei apaixonado! Um universo muito próprio, boa arte, bom humor negro, perfeição! Aquele livro era eu! Iniciei então a minha demanda para encontrar os livros de Lenore, o que me levou a procurar lojas especializadas em Bd de importação. A primeira que encontrei não tinha nada de Lenore, mas possuía outro dentro da mesma estética, Johnny The Homicidal Maniac! A partir daí, enquanto procurava pela Lenore, fui construindo a minha colecção de comics Indie quase sem dar por ela. Hoje em dia não tenho ainda uma divisão da casa cheia de BD até ao tecto, mas possuo uma colecção de grandes comics Indie misturados com clássicos Mainstream em constante mutação e crescimento, pelos quais tenho um imenso carinho e orgulho.

Assim, 5 traços:

1- Prefiro o formato Trade Paper Back, pois os livros ficam mais bonitos na estante e duram mais do que o formato single. Além disso, se os perder perco logo tudo de uma vez, não fico com colecções incompletas.

2- Prefiro livros de humor negro e nonsense a histórias pesadas.

3- Odeio crossovers. Deixei de comprar livros que me passam ao lado só porque se ligam directamente com aqueles que compro regularmente. Além disso, a qualidade dos crossovers tende a decair cada vez mais (House of M, o maior barrete da história da Marvel)!

4- A primeira coisa que faço quando entro numa loja de Comics é cumprimentar os donos. A segunda é correr para a secção Indie. A terceira é queixar-me do preço dos Comics. A quarta é ficar indeciso entre 3 ou 4 comics diferentes. A quinta é sair da loja com os esses mesmos 3 ou 4 comics.

5- Compro Comics por autor. Se o livro diz Roman Dirge ou Jhonen Vasquez na capa, nem penso duas vezes.

Agora seria a altura em que passaria esta corrente a outras pessoas que partilhem a minha paixão por BD, mas acontece que nenhum dos meus amigos Bdéfilos é detentor de um blog, e, sinceramente, não estou mesmo a ver a quem possa passar isto. Paciência...

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BD DE CULTO 10: O MACACO TOZÉ

quinta-feira, março 09, 2006
O Macaco Tozé retrata a vida de um ser residente numa grande cidade do norte de um Portugal entregue aos símios, envolto numa atmosfera cinzenta própria de uma vida banal e sem futuro.



Editado pela MMMNNNRRRG e escrito por Janus, o Macaco Tozé mostra a bela e apaixonante decadência de um bairro típico de grande cidade, tão provinciano como uma qualquer aldeia perdida nas montanhas. Apresentando uma estética bem próxima da curta metragem, as short-stories giram todas à volta de sexo, álcool e violência. O macaco Tozé vai às putas, embebeda-se e briga com os taberneiros, é várias vezes preso e espancado pela polícia, arranja um emprego como carregador de estrume, e é um infeliz acomodado à sua infelicidade. O tom é mal-humorado e desconfortável. A ideia seria, parece-me, levar o leitor à gargalhada, mas na verdade, O Macaco Tozé perturba-me profundamente, e revejo neste livro um Portugal que tarda em sair da sua Portugalidade. Um soco no estômago que nos estampa um sorriso nervoso no rosto.

A arte contribui para o aspecto sujo e infecto, elevando a qualidade desta obra. BD Nacional, ao nível das melhores que lá por fora se fazem, transpirando a essência do nosso país por em todas as páginas. Descubram-no e descubram-se nas lojas da especialidade.



Uma short story do Macaco Tozé disponível aqui

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ESPECIAL FANTAS

segunda-feira, março 06, 2006
De volta depois de um grande fim-de-semana na Invicta, com a barriguinha bem cheia de filmaços e francesinhas... O meu primeiro Fantas foi curto, mas extremamente intenso! Não consegui ver tudo o que queria (obviamente), por alteração ao programa inicial ou por não me ter sido possível adquirir bilhetes. Ainda assim, em 2 dias papei 6 sessões, e para o próximo ano conto papar muitas mais! Como não quero ser chato e sendo este um post extra-estrutura habitual deste blog, aqui ficam uma críticas curtinhas sobre a minha experiência no 26º Fantasporto...

1ª Sessão: Curtas Portuguesas, Sessão #2:

Sete curtas, três delas relativamente boas, duas verdadeiramente más e outras duas mesmo excelentes.

A pior:

A Serpente



15 minutos de planos de manequins de montra, em silêncio quase absoluto. Um filme que poderia ter sido feito com máquina fotográfica. Intragável. O Fantas fica-me a dever um quarto de hora da minha vida.

Vale a pena voltar a ver? NÃO!

A melhor:

Um Homem



Excelente fotografia, pouca acção, grande argumento! Uma ode aos filmes de blacksploitation dos anos 70, filmado em betacam. A relação entre uma senhora desiludida com o amor e um lavador de pratos fascinado pelas suas pernas. Participação especial de Zé Cabra!

Vale a pena voltar a ver? Sim, sim, mas para isso convém andar atento à programação do segundo canal.

2ª Sessão: The Hamster Cage



O Sars Wars havia sido cancelado, e The Hamster Cage substituiu-o. Uma agradável surpresa. A história de uma família completamente amoral. Inclui incesto, pedofilia, gerentofilia e outras perversões sexuais avulsas. Diálogos brilhantes!

Vale a pena voltar a ver? Um grande e sonoro SIM!

3ª Sessão: Hostel



Inicialmente apenas um típico filme Americano de adolescentes, Hostel torna-se numa experiência arrepiante e ultra-violenta! O Tarantino anda lá metido, mas o filme sobreviveria bem sem o seu "patrocínio"... As gargalhadas e aplausos espontâneos do público do Rivoli em certos momentos de Hostel foram impagáveis, sendo esta a minha melhor memória do festival! Provavelmente, o filme mais assustador dos últimos tempos!

Vale a pena voltar a ver? YOU BET YOUR ASS! Quando é que sai em DVD?

4ª Sessão: Supernova



Um homem suicida-se com um tiro na cabeça. Depois, a caminho de casa, leva com um meteorito e entra em coma. Mais tarde, recupera e vai viver sozinho para o campo, onde é confrontado com fantasmas do passado. Mas... Ele não tinha morrido? Será que afinal continua em coma? Não se percebe muito bem. O maior nó cerebral do Fantasporto 2006.

Vale a pena voltar a ver? Não me parece.

5ª Sessão: Hair High



Um filme de animação mediano do grande Bill Plympton. Tem os seus momentos, mas é torna-se bastante previsível e arrasta-se no final. Uma desilusão.

Vale a pena voltar a ver? Infelizmente, não.

6ª Sessão: Pleasant Days



Um filme Húngaro sobre uma rapariga que vende o seu filho e passa a vida a ter relações sexuais com todos os homens que surgem na sua vida. Um jovem acabado de sair da prisão frustra-se por ser o único a não ter direito à festa e tenta em vão conquistá-la. Com um ritmo próprio de filme Europeu, Pleasant Days pode tornar-se uma tortura para quem não está habituado a este estilo cinematográfico. Eu gostei, mas creio que fui o único.

Vale a pena voltar a ver? Sim, mas só daqui a muito, muito, muuuuuuito tempo!

Sessão Bónus: The Longest Yard



Um filme cortesia dos autocarros da Eva. Um antigo herói do futebol americano caído em desgraça acaba na cadeia e torna-se estrela da equipa prisional, que se prepara para enfrentar os guardas do seu estabelecimento de cárcere. Papinha para o cérebro. Não é bom, mas entretêm.

Vale a pena voltar a ver? Não, mas eventualmente acabarei por revê-lo na programação de Domingo à tarde. E toda a gente sabe que não há como fugir aos filmes de Domingo à tarde!

E pronto. Acabou-se o Fantas, mas o cinema continua em altas no nosso país. Estreia este mês o Festival dos Cinemas do Mediterrâneo. A primeira edição "a sério" arranca no dia 9 e vai até dia 18 de Março, em Faro. Vai ser um fartote de curtas, longas e documentários de países da Europa, Médio-Oriente e Norte de África, portanto se residem no Sul ou se passarem por Faro, aproveitem. Mais informações aqui.

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LITERATURA DE CULTO 10: WILT

quarta-feira, março 01, 2006
Henry Wilt é um homem de meia-idade, preso a um emprego sem futuro como segundo-assistente do Departamento de Estudos de Formação Geral da Universidade de Letras e Tecnologia de Fenland, onde tenta sem sucesso impingir cultura a estucadores, talhantes e canalizadores. A sua mulher é uma entusiasta do Ioga e dos métodos de meditação orientais, como forma de justificação do vazio que é a sua vida, para além de se queixar sobre tudo e todos. Isto leva a que Wilt decida que, para poder ser verdadeiramente livre, a sua esposa terá de morrer!

Editado em 1976 por Tom Sharpe, Wilt é o seu romance mais aclamado, tendo já sido escritas 4 sequelas. Estamos perante as aventuras e azares de um homem com a missão de assassinar a esposa, o que se conclui depois de ler o livro na sua decisão mais sã. O plano consiste em enterrar a Senhora Wilt num pilar duma ponte em construção, e para isso, o protagonista resolve encenar primeiro o crime com uma boneca insuflável. Porém, ao regressar a casa, Henry constata que a sua esposa partira, sendo posteriormente acusado do seu assassinato.

Com uma vizinhança de tarados sexuais e um polícia muito pouco perspicaz ávido em desmascarar o que julga ser um perigoso assassino, Wilt vê-se envolvido num chorrilho de peripécias absolutamente incríveis e não menos hilariantes. Tom Sharpe criou um livro surpreendente que agarra o leitor pelos cabelos e só o solta na última página. Um dos raros romances capaz de me levar às lágrimas de tanto rir, o que por si só atesta a qualidade do livro. Humor negro com uma forte carga sexual. O único senão é acabar depressa. Por mim, poderia ter mais 150 páginas...



Encontra-se à venda por aí...

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