OUTROS CULTOS 4: MONTY PYTHON'S FLYING CIRCUS
E agora para algo completamente diferente, um homem com três nádegas.
Primeiro de tudo deixem-me explicar que não planeava algum dia escrever sobre os Monty Python neste cantinho... Não por não gostar dos mesmos (o que é uma calúnia hedionda), mas por achar que qualquer coisa que escreva ou possa escrever sobre aquela que é considerada a mais brilhante fábrica de sketches do século XX nunca fará juz à magnificência da trupe. Porém, coincidências felizes impelem-me a discursar sobre o fenómeno Pythoniano. Desculpem qualquer coisinha...
Monty Python’s Flying Circus foi um Ovni humorístico que aterrou na cinzenta Inglaterra em 1969, partindo para parte incerta em 1974. Esta série deu origem a vários filmes, discos e livros e o culto à volta destes seres nunca mais parou de crescer até aos dias de hoje.
Os cinco Pythons, Graham Chapman (o morto), Terry Gilliam (o Americano), Michael Palin (o simpático), Terry Jones (o chato), Eric Idle (o solitário) e John Cleese (o alto) apostavam num humor extremo e a roçar os limites do aceitável, no seu estilo único, misturando o non-sense com uma inventividade emulada por imensos cómicos desinspirados ao longo de mais de 30 e tal anos, tudo ligado por brilhantes animações, inspiradas na época vitoriana.
Uma das inovações que este grupo trouxe ao humor televisivo foi o facto de a punch-line (aquela parte da piada gasta no final de cada sketch dos Malucos do Riso, para quem não percebe nada daquilo de que eu estou a falar) ser opcional. Os seus sketches consistiam muitas vezes de momentos loucos de punch-lines atrás de punch-lines, terminando abruptamente com o ataque de um cavaleiro de armadura empunhando um frango de plástico, ou por um coronel que exigia o final do dito sketch por este ser demasiado parvo (Esse oficial do exército de sua magestade foi copiado e adaptado à realidade Portuguesa na personagem de Diácono Remédios).
Um skecth memorável: Um grupo de extraterrestres semelhantes a Molotov resolvem atacar a Inglaterra, transformando todos os Ingleses em Escoceses (com direito a Kilt e barba ruiva). Os Ingleses transformados em Escoceses rumam instantaneamente para as Terras Altas, deixando a Inglaterra vazia. O objectivo dos extraterrestres: Vencer o torneio de Wimbledon. É um facto conhecido que os Escoceses não sabem jogar Ténis...
Tudo isto para dizer que a RTP Memória resolveu passar na íntegra TODOS os episódios de Monty Python’s Flying Circus! É verdade! Hossana nas alturas! Um oportunidade de ouro para rever (e rever, e rever, e rever) uma das melhores séries televisivas de sempre, e a horas decentes... Os Malucos do Circo (infeliz título em Português), aos Sábados, 15 e 30 e Domingos, 21 e 30.
Primeiro de tudo deixem-me explicar que não planeava algum dia escrever sobre os Monty Python neste cantinho... Não por não gostar dos mesmos (o que é uma calúnia hedionda), mas por achar que qualquer coisa que escreva ou possa escrever sobre aquela que é considerada a mais brilhante fábrica de sketches do século XX nunca fará juz à magnificência da trupe. Porém, coincidências felizes impelem-me a discursar sobre o fenómeno Pythoniano. Desculpem qualquer coisinha...
Monty Python’s Flying Circus foi um Ovni humorístico que aterrou na cinzenta Inglaterra em 1969, partindo para parte incerta em 1974. Esta série deu origem a vários filmes, discos e livros e o culto à volta destes seres nunca mais parou de crescer até aos dias de hoje.
Os cinco Pythons, Graham Chapman (o morto), Terry Gilliam (o Americano), Michael Palin (o simpático), Terry Jones (o chato), Eric Idle (o solitário) e John Cleese (o alto) apostavam num humor extremo e a roçar os limites do aceitável, no seu estilo único, misturando o non-sense com uma inventividade emulada por imensos cómicos desinspirados ao longo de mais de 30 e tal anos, tudo ligado por brilhantes animações, inspiradas na época vitoriana.
Uma das inovações que este grupo trouxe ao humor televisivo foi o facto de a punch-line (aquela parte da piada gasta no final de cada sketch dos Malucos do Riso, para quem não percebe nada daquilo de que eu estou a falar) ser opcional. Os seus sketches consistiam muitas vezes de momentos loucos de punch-lines atrás de punch-lines, terminando abruptamente com o ataque de um cavaleiro de armadura empunhando um frango de plástico, ou por um coronel que exigia o final do dito sketch por este ser demasiado parvo (Esse oficial do exército de sua magestade foi copiado e adaptado à realidade Portuguesa na personagem de Diácono Remédios).
Um skecth memorável: Um grupo de extraterrestres semelhantes a Molotov resolvem atacar a Inglaterra, transformando todos os Ingleses em Escoceses (com direito a Kilt e barba ruiva). Os Ingleses transformados em Escoceses rumam instantaneamente para as Terras Altas, deixando a Inglaterra vazia. O objectivo dos extraterrestres: Vencer o torneio de Wimbledon. É um facto conhecido que os Escoceses não sabem jogar Ténis...
Tudo isto para dizer que a RTP Memória resolveu passar na íntegra TODOS os episódios de Monty Python’s Flying Circus! É verdade! Hossana nas alturas! Um oportunidade de ouro para rever (e rever, e rever, e rever) uma das melhores séries televisivas de sempre, e a horas decentes... Os Malucos do Circo (infeliz título em Português), aos Sábados, 15 e 30 e Domingos, 21 e 30.
Etiquetas: Eric Idle, Graham Chapman, John Cleese, Michael Palin, Monty Python, Monty Python's Flying Circus, Séries, Sortido, Terry Gilliam, Terry Jones