MÚSICA DE CULTO 8: QUEEN ADREENA
O medo transformado em música. Eis os Queen Adreena!
Em meados dos anos 90, existiu uma banda londrina de Rock Alternativo intitulada Daisy Chainsaw, onde militavam Katie Jane Garside e Crispin Gray. A sua música escura e suja alternava com as flores no cabelo e o ar de menina perdida de Garside, e as actuações levavam a que muito boa gente questionasse a sanidade mental da vocalista, quando a mesma rasgava totalmente as suas roupas em palco ou surgia de cabeça envolta em ligaduras ensanguentadas. Durante alguns anos, esta banda escolheu manter-se à margem do sucesso comercial, apesar das constantes tentativas de contrato por parte de editoras como a Maverick. Até que, em 1993, Katie Jane acabou por sair da banda, exilando-se no País de Gales para se tratar mentalmente. Os Daisy Chainsaw acabaram por sucumbir alguns anos depois.
Em 1999, Crispin Gray e Katie Jane Garside voltam a encontrar-se casualmente. Começam a criar música juntos, e daí surgiram os Queen Adreena, uma continuação natural dos extintos Daisy Chainsaw, levada ao extremo. Com edições discográficas regulares desde a sua criação, esta banda é praticamente desconhecida pelo mundo fora, granjeando de um culto significativo no Reino Unido. O seu terceiro trabalho intitula-se The Butcher And The Butterfly.
The Butcher And The Butterfly é um album Rock, Industrial, Gótico, Indie, o que lhe quiserem chamar. Possui momentos de distorção e violência (Medecine Jar), ao mesmo tempo que existem também momentos de doçura envenenada (Childproof). O que se destaca nos Queen Adreena, mais do que o som, é a voz de Katie Jane. Sussurrada, frágil, por vezes falha e desafina como se fosse uma criança perdida já sem forças para chorar. Dá vontade de pegar nela e protegê-la (oiça-se os Lalalalalala infantis em Suck)... Até que se solta! E grita como se lhe estivessem a espetar uma faca no coração! E assusta! E arrepia! E à medida que a intensidade da guitarra, do baixo e da bateria aumenta, quem fica frágil e com vontade de se esconder somos nós. Garside passa de vítima a atacante numa questão de segundos, e as composições dos Queen Adreena absorvem-nos por completo! Um album com uma química muito própria, uma limpeza do espírito, o medo transformado em música, a música transformada em libertação!
The Butcher And The Butterfly, bem como toda a discografia dos Queen Adreena, só se encontra editado no Reino Unido. Porém, encontrei-o por acaso numa estante da Alquimia, na última vez que fui a Leiria...
Video: Medicine Jar
Em meados dos anos 90, existiu uma banda londrina de Rock Alternativo intitulada Daisy Chainsaw, onde militavam Katie Jane Garside e Crispin Gray. A sua música escura e suja alternava com as flores no cabelo e o ar de menina perdida de Garside, e as actuações levavam a que muito boa gente questionasse a sanidade mental da vocalista, quando a mesma rasgava totalmente as suas roupas em palco ou surgia de cabeça envolta em ligaduras ensanguentadas. Durante alguns anos, esta banda escolheu manter-se à margem do sucesso comercial, apesar das constantes tentativas de contrato por parte de editoras como a Maverick. Até que, em 1993, Katie Jane acabou por sair da banda, exilando-se no País de Gales para se tratar mentalmente. Os Daisy Chainsaw acabaram por sucumbir alguns anos depois.
Em 1999, Crispin Gray e Katie Jane Garside voltam a encontrar-se casualmente. Começam a criar música juntos, e daí surgiram os Queen Adreena, uma continuação natural dos extintos Daisy Chainsaw, levada ao extremo. Com edições discográficas regulares desde a sua criação, esta banda é praticamente desconhecida pelo mundo fora, granjeando de um culto significativo no Reino Unido. O seu terceiro trabalho intitula-se The Butcher And The Butterfly.
The Butcher And The Butterfly é um album Rock, Industrial, Gótico, Indie, o que lhe quiserem chamar. Possui momentos de distorção e violência (Medecine Jar), ao mesmo tempo que existem também momentos de doçura envenenada (Childproof). O que se destaca nos Queen Adreena, mais do que o som, é a voz de Katie Jane. Sussurrada, frágil, por vezes falha e desafina como se fosse uma criança perdida já sem forças para chorar. Dá vontade de pegar nela e protegê-la (oiça-se os Lalalalalala infantis em Suck)... Até que se solta! E grita como se lhe estivessem a espetar uma faca no coração! E assusta! E arrepia! E à medida que a intensidade da guitarra, do baixo e da bateria aumenta, quem fica frágil e com vontade de se esconder somos nós. Garside passa de vítima a atacante numa questão de segundos, e as composições dos Queen Adreena absorvem-nos por completo! Um album com uma química muito própria, uma limpeza do espírito, o medo transformado em música, a música transformada em libertação!
The Butcher And The Butterfly, bem como toda a discografia dos Queen Adreena, só se encontra editado no Reino Unido. Porém, encontrei-o por acaso numa estante da Alquimia, na última vez que fui a Leiria...
Video: Medicine Jar
Etiquetas: Daisy Chainsaw, Música, Queen Adreena, The Butcher and the Butterfly, videoclips
Vou ter uma conversinha com a minha mula, que aqui as sugestões são sempre boas
maio 09, 2006
bem, que ela grita é bem verdade.
não sou grande apreciador, mas acho piada. se encontrasse alguma coisa deles por cinco euros comprava. hmm.
julho 26, 2006
Pra mim, é como se a vocalista do Frenté tivesse com o rabo cheio de pó, doce, pico e tudo o mais que você puder imaginar, cantando como se fosse a Courtney Love.
Meu irmão definiu assim: "É o som que Björk faria se ela não fosse chata."
http://www.fotolog.com/myapoison
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