BD DE CULTO 15: X-STATIX
Peter Milligan é um argumentista de filmes e banda desenhada conhecido pela sua longa colaboração com a DC e pelo surrealismo que imprime às suas obras. Mike Allred é um artista gráfico especializado em banda desenhada. Tendo trabalhado com a Slave Labor e a Darkhorse, o traço de Allred remete-nos para os livros de BD dos anos 50, tendo sido o responsável pela criação do muy amado Madman.
Em 2001, Allred e Milligan receberam uma proposta de trabalho da Marvel, que procurava reciclar os X-Men e seus sucedâneos. À dupla calhou os supostos futuros mutantes, a X-Force, que depois de destruída e reconstruída, passou a ser designada por X-Statix.
O conceito: Os X-Statix eram um grupo de mutantes mais preocupados com os seus direitos de imagem e merchandising do que em salvar o mundo. O grupo era financiado por um multi-milionário que posteriormente vendia os direitos televisivos das suas aventuras num misto de Big Brother com Idolos, pelo que o grupo dividia as suas actividades entre trabalho de mercenário e aparições em festas e eventos. Este comic, arrojado e inovador, trouxe bastantes amargos de boca aos fãs do trabalho habitual da Marvel. No grupo existiam várias personagens homosexuais, e a violência gráfica era algo nunca antes visto na auto-intitulada "Casa das Ideias". Decapitações, desmembramentos, muito sangue vermelhinho e um elenco em permanente rotação. Quando uma personagem começava a tornar-se demasiado popular, morria e era prontamente substituída por outra, o que impedia a identificação do leitor com a série.
Parodiando a cultura Pop e o próprio universo onde se inseriam, Allred e Milligan criaram um grupo de heróis com alguns dos poderes mais ridículos de sempre. Tínhamos Zeitgeist, com o poder de vomitar ácido, Gin Genie, que provocava tremores de terra depois de ingerir bebidas alcoólicas, Phat, um sósia gay de Eminem com o poder de engordar, El Guapo, um rapaz possuidor de um skate com consciência própria, Dead Girl, que tinha o poder de... Er... Estar morta... Entre tantos outros.
A dada altura, chegou-se mesmo a ponderar a inclusão da própria princesa do povo, nada mais nada menos que a Princesa Diana, equipada com a sua super-empatia! Foi nesta altura que a Marvel decidiu acabar com a brincadeira, censurando a ideia e substituindo a princesa por outra personagem mais ou menos semelhante. Allred e Milligan consideraram a intrusão ofensiva, e os X-Statix seriam cancelados após 26 números de subversão e desrespeito pelas regras da decência e da moral!
É por todas estas razões e também pela belíssima arte de Mike Allred que aconselho os X-Statix. Se gostam de um bom livro de super-heróis carregado de humor e malícia, procurem-no enquanto está fresco, pois este material tornar-se-á lendário, visto que a tendência da Marvel é a produção em série de livros iguais com títulos diferentes.
Em 2001, Allred e Milligan receberam uma proposta de trabalho da Marvel, que procurava reciclar os X-Men e seus sucedâneos. À dupla calhou os supostos futuros mutantes, a X-Force, que depois de destruída e reconstruída, passou a ser designada por X-Statix.
O conceito: Os X-Statix eram um grupo de mutantes mais preocupados com os seus direitos de imagem e merchandising do que em salvar o mundo. O grupo era financiado por um multi-milionário que posteriormente vendia os direitos televisivos das suas aventuras num misto de Big Brother com Idolos, pelo que o grupo dividia as suas actividades entre trabalho de mercenário e aparições em festas e eventos. Este comic, arrojado e inovador, trouxe bastantes amargos de boca aos fãs do trabalho habitual da Marvel. No grupo existiam várias personagens homosexuais, e a violência gráfica era algo nunca antes visto na auto-intitulada "Casa das Ideias". Decapitações, desmembramentos, muito sangue vermelhinho e um elenco em permanente rotação. Quando uma personagem começava a tornar-se demasiado popular, morria e era prontamente substituída por outra, o que impedia a identificação do leitor com a série.
Parodiando a cultura Pop e o próprio universo onde se inseriam, Allred e Milligan criaram um grupo de heróis com alguns dos poderes mais ridículos de sempre. Tínhamos Zeitgeist, com o poder de vomitar ácido, Gin Genie, que provocava tremores de terra depois de ingerir bebidas alcoólicas, Phat, um sósia gay de Eminem com o poder de engordar, El Guapo, um rapaz possuidor de um skate com consciência própria, Dead Girl, que tinha o poder de... Er... Estar morta... Entre tantos outros.
A dada altura, chegou-se mesmo a ponderar a inclusão da própria princesa do povo, nada mais nada menos que a Princesa Diana, equipada com a sua super-empatia! Foi nesta altura que a Marvel decidiu acabar com a brincadeira, censurando a ideia e substituindo a princesa por outra personagem mais ou menos semelhante. Allred e Milligan consideraram a intrusão ofensiva, e os X-Statix seriam cancelados após 26 números de subversão e desrespeito pelas regras da decência e da moral!
É por todas estas razões e também pela belíssima arte de Mike Allred que aconselho os X-Statix. Se gostam de um bom livro de super-heróis carregado de humor e malícia, procurem-no enquanto está fresco, pois este material tornar-se-á lendário, visto que a tendência da Marvel é a produção em série de livros iguais com títulos diferentes.
Etiquetas: Banda desenhada, Marvel, Mike Allred, Peter Milligan, X-Statix