meta name="robots" content="noindex" /> Contraculturalmente: LITERATURA DE CULTO 10: WILT



LITERATURA DE CULTO 10: WILT

Henry Wilt é um homem de meia-idade, preso a um emprego sem futuro como segundo-assistente do Departamento de Estudos de Formação Geral da Universidade de Letras e Tecnologia de Fenland, onde tenta sem sucesso impingir cultura a estucadores, talhantes e canalizadores. A sua mulher é uma entusiasta do Ioga e dos métodos de meditação orientais, como forma de justificação do vazio que é a sua vida, para além de se queixar sobre tudo e todos. Isto leva a que Wilt decida que, para poder ser verdadeiramente livre, a sua esposa terá de morrer!

Editado em 1976 por Tom Sharpe, Wilt é o seu romance mais aclamado, tendo já sido escritas 4 sequelas. Estamos perante as aventuras e azares de um homem com a missão de assassinar a esposa, o que se conclui depois de ler o livro na sua decisão mais sã. O plano consiste em enterrar a Senhora Wilt num pilar duma ponte em construção, e para isso, o protagonista resolve encenar primeiro o crime com uma boneca insuflável. Porém, ao regressar a casa, Henry constata que a sua esposa partira, sendo posteriormente acusado do seu assassinato.

Com uma vizinhança de tarados sexuais e um polícia muito pouco perspicaz ávido em desmascarar o que julga ser um perigoso assassino, Wilt vê-se envolvido num chorrilho de peripécias absolutamente incríveis e não menos hilariantes. Tom Sharpe criou um livro surpreendente que agarra o leitor pelos cabelos e só o solta na última página. Um dos raros romances capaz de me levar às lágrimas de tanto rir, o que por si só atesta a qualidade do livro. Humor negro com uma forte carga sexual. O único senão é acabar depressa. Por mim, poderia ter mais 150 páginas...



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