meta name="robots" content="noindex" /> Contraculturalmente: FILME DE CULTO 15: HATED - GG ALLIN AND THE MURDERJUNKIES



FILME DE CULTO 15: HATED - GG ALLIN AND THE MURDERJUNKIES

Merle Allin Senior teve uma visão. Um anjo havia descido à terra para lhe contar que a criança que a sua mulher carregava no ventre seria um grande homem, o novo Messias. Merle Allin Senior era um homem religioso, acreditando piamente naquilo que o anjo lhe contara. O seu filho, o novo Messias, o prometido salvador, seria baptizado como Jesus Christ Allin.

GG Allin cresceu e surpreendentemente, não se tornou no prometido profeta, mas sim num ícone da contracultura Punk, no ser mais vil, nojento, violento e odiável de sempre!



Viciado em heroína, naturalmente louco, fascinado pela figura do serial killer John Wayne Gayce, desprovido de qualquer talento, GG Allin sempre foi um ser envolto em controvérsia, metendo os Green Day, o Marilyn Manson e os meninos do Jackass no bolso, se ao menos usasse roupa. Enquanto não estava na prisão por atentado ao pudor e à integridade física, Allin passava o seu tempo entre sessões de spoken-word e concertos com a sua banda, os Murderjunkies. O exemplo da encarnação do espírito Punk perigosamente levado ao extremo, os concertos dos Murderjunkies eram uma autêntica feira de horrores. Em palco, GG Allin mutilava-se (chegando a partir todos os seus dentes frontais com o microfone), rebolava nas suas próprias fezes, inseria todo o tipo de objectos no ânus, lançava cadeiras e objectos cortantes para a plateia e arrastava fãs para o palco, o que poderia resultar em cenas de espancamento ou em sessões de sexo oral. Tudo isto e muito mais pode ser encontrado no documentário de Todd Phillips Hated - GG Allin And The Murderjunkies.



Filmado entre 1988 e 1993, Hated captura os últimos anos da vida de GG Allin, incluindo excertos de concertos e sessões de spoken word (onde se vê que Allin não descriminava sexos, agredindo violentamente uma mulher que o provocara), uma festa de aniversário (que nem me atrevo a descrever), aparições televisivas e entrevistas aos seus fãs, inimigos, família, banda (Dee Dee Ramone chegou a considerar a hipótese de integrar os Murderjunkies, mas nem aguentou duas semanas) e ao próprio GG Allin.

Hated encontra-se disponível nas habituais plataformas de downloads ilegais. Porém, para os interessados, recomendo a compra do DVD, onde temos como bónus o último concerto de GG Allin (uma música e meia), seguido da sua demanda pelas ruas, nú, coberto no seu próprio sangue e excrementos, abraçado aos seus fãs, enquanto procura a dose de heroína que acabaria por ceifar-lhe a vida. Um momento ternurento.

GG Allin não é ficção. GG Allin existiu mesmo. Este documentário não se destina a mentes sensíveis e facilmente impressionáveis. Vejam-no e tirem as vossas próprias conclusões.

Trailer:

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