meta name="robots" content="noindex" /> Contraculturalmente: FILME DE CULTO 18: BIKINI BANDITS EXPERIENCE



FILME DE CULTO 18: BIKINI BANDITS EXPERIENCE

Assumo-me como fã das Bikini Bandits. Porquê? Não sei bem. Gosto do conceito. Míudas giras envergando diminutos bikinis e armas potentes é uma combinação ganhadora. O tal Girl Power que as Spice Girls tanto apregoaram para venderem mais uns disquitos. Só que esse Girl Power aplicado às Bikini Bandits transforma-se em machismo disfarçado de feminismo. Ou será que é ao contrário? Não me consigo decidir. As Bikini Bandits confundem-me.




As Bikini Bandits são na sua essência uma homenagem aos filmes de exploitation dos anos 70 e aos grupos de heroínas do estilo Anjos de Charlie. Consistem num bando de mulheres de pouca roupa e boas curvas (strippers de profissão, na vida real) que praticam o bem e a justiça de forma distorcida, lutando contra a G-Mart Corporation. As suas curtas-metragens obtiveram um culto considerável na internet, ganhando ainda mais notoriedade depois de serem as estrelas no videoclip de A Perfect Circle, The Outsider.

O relativo sucesso deste videoclip despertou a curiosidade (chamemos-lhe assim) de muitos, e as Bikini Bandits começaram a aventurar-se nas longas-metragens. A primeira foi baptizada de Bikini Bandits Experience.



O que dizer de Bikini Bandits Experience? A capa categoriza-o de "Pointlessly Depraved" e "A B-Movie Epic". É tudo verdade.

Não tem sentido. Tentar encontrar um sentido em tudo o que nos é mostrado à velocidade de uma rajada de metralhadora neste filme é um exercício herculeano. Imagens das Bandits a lavar carros com o seu próprio corpo são substituídas por excertos animados, que por sua vez são substituídas por conversas entre os produtores do filme, que por sua vez são substituídas por anúncios de produtos da G-Mart, que por sua vez são substituídos por imagens das Bandits a disparar contra a polícia. No meio disto tudo, temos uma espécie de enredo. Mas já lá chegaremos.

É depravado. Tudo neste filme transpira depravação. Anjos excitados, amor lesbiano, vilões que disparam raios laser do pénis, sexo com débeis mentais, um herói chamado Dirty Sanchez. E no entanto, de erotismo este filme tem muito pouco.

É um épico. Um épico amoral, mas ainda assim, um épico. O filme começa com um acidente de automóvel. As Bikini Bandits são enviadas para o inferno, onde o próprio diabo (Maynard James Keenan!), lhes faz uma proposta: Desvirginar a Virgem Maria (e assim prevenir o nascimento de Jesus), ou enfrentar uma eternidade de frigidez. As Bandits aceitam a missão, mas no momento em que estão prestes a desencaminhar Maria, são abordadas pelo Papa Ramone (Dee Dee Ramone!!), e decidem enfrentar o Diabo e todo o seu séquito. Salvando-se do seu destino, as Bikini Bandits estão livres para seguirem o seu estilo de vida, ajudando um grupo de ninjas (liderado por Corey Feldman!!!) a desmantelar uma rede de tráfico de débeis mentais que eram utilizados em filmes pornográficos (presidida por Jello Biafra!!!!)


É um filme de Série-B. Violência, depravação, bikinis, estrelas Rock, mau gosto, actores que não o são nem o sabem ser. Não sendo um bom filme, tem os seus momentos de magia. Se vale a pena ver ou não, isso depende do gosto (ou da falta de gosto) de cada um.


Trailer:

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