BD DE CULTO 6: O HOMEM QUE CAMINHA
Antes de colocar aqui o porquê da recomendação desta obra, gostaria de assumir publicamente o meu preconceito e aversão à Manga. Para o comum Ocidental, a ideia que passa é que a Manga consiste num grupo de cyborgs a lutarem uns com os outros, de uns seres de outro planeta que quando se irritam mudam a cor do seu cabelo de negro para louro platinado, ou mesmo de donzelas voluptuosas sendo perseguidas por monstros fálicos. Porém, sou uma pessoa tolerante, e agora sei ver que Manga não é só isso. Apresento-vos O Homem Que Caminha.
Desde há uns meses para cá que o Correio da Manhã tem vindo a publicar aos Sábados uma colecção de banda desenhada intitulada Série Ouro – Os Cássicos da Banda Desenhada. Se bem que uma boa parte dos livros publicados possuirão uma qualidade discutível, volta e meia aparecem umas excelentes surpresas pelo meio. No passado dia 31 do mês passado, saiu um livro de um autor que desconhecia totalmente, intitulado A Arte de Jiro Taniguchi. Segundo a pequena biografia incluída neste livro, Taniguchi é a mais importante figura do movimento denominado Nouvelle Mangá, movimento esse que procura ligar a Bd Europeia à Japonesa. Conhecendo um sucesso estrondoso na França, O Homem Que Caminha será a sua obra mais aclamada. A arte atinge um detalhe impressionante, variando os materiais e técnicas conforme o efeito desejado, e a candura dos gestos, bem acompanhada pela quase total ausência de diálogos aumenta a expressividade deste livro. Segundo o autor, “O objectivo era ir transmitindo os sentimentos e pensamentos do protagonista através das paisagens que se vêem, com a natureza a reflectir os diferentes estados de espírito do herói.”
Aqui, fala-se de um homem de meia idade que passeia pela infernal Tóquio, enquanto perde o seu tempo observando os pormenores mais simples e banais, tornando-os contemplativos, lindos e poéticos. Atente-se ao exemplo de uma das primeiras histórias, em que o homem encontra uns meninos que perderam o seu avião de papel no topo de uma árvore. O homem sobe a árvore, encontra o avião, devolve-o às crianças... E fica sentado na árvore até anoitecer, observando a paisagem...
À medida que se vai lendo este livro, a sensação de paz envolve-nos e deixa-nos num estado de relaxamento total. O Homem Que Caminha é, contra todas as minhas expectativas, a melhor obra saída desta colecção, e um dos livros mais bonitos que tive o prazer de ler. Para adquirir esta obra, contactem o Correio da Manhã ou procurem-no nas bancas dos jornais. Muitos números antigos desta Série de Ouro podem ainda ser encontrados um pouco por todo o lado, e este concerteza não será excepção.
Desde há uns meses para cá que o Correio da Manhã tem vindo a publicar aos Sábados uma colecção de banda desenhada intitulada Série Ouro – Os Cássicos da Banda Desenhada. Se bem que uma boa parte dos livros publicados possuirão uma qualidade discutível, volta e meia aparecem umas excelentes surpresas pelo meio. No passado dia 31 do mês passado, saiu um livro de um autor que desconhecia totalmente, intitulado A Arte de Jiro Taniguchi. Segundo a pequena biografia incluída neste livro, Taniguchi é a mais importante figura do movimento denominado Nouvelle Mangá, movimento esse que procura ligar a Bd Europeia à Japonesa. Conhecendo um sucesso estrondoso na França, O Homem Que Caminha será a sua obra mais aclamada. A arte atinge um detalhe impressionante, variando os materiais e técnicas conforme o efeito desejado, e a candura dos gestos, bem acompanhada pela quase total ausência de diálogos aumenta a expressividade deste livro. Segundo o autor, “O objectivo era ir transmitindo os sentimentos e pensamentos do protagonista através das paisagens que se vêem, com a natureza a reflectir os diferentes estados de espírito do herói.”
Aqui, fala-se de um homem de meia idade que passeia pela infernal Tóquio, enquanto perde o seu tempo observando os pormenores mais simples e banais, tornando-os contemplativos, lindos e poéticos. Atente-se ao exemplo de uma das primeiras histórias, em que o homem encontra uns meninos que perderam o seu avião de papel no topo de uma árvore. O homem sobe a árvore, encontra o avião, devolve-o às crianças... E fica sentado na árvore até anoitecer, observando a paisagem...
À medida que se vai lendo este livro, a sensação de paz envolve-nos e deixa-nos num estado de relaxamento total. O Homem Que Caminha é, contra todas as minhas expectativas, a melhor obra saída desta colecção, e um dos livros mais bonitos que tive o prazer de ler. Para adquirir esta obra, contactem o Correio da Manhã ou procurem-no nas bancas dos jornais. Muitos números antigos desta Série de Ouro podem ainda ser encontrados um pouco por todo o lado, e este concerteza não será excepção.
Etiquetas: Banda desenhada, Jiro Taniguchi, O Homem que caminha
Obrigado pela dica!!!
Só mesmo tu para descobrires estes tesouros!!
Fica bem.
P.S. aquilo xs.to é mesmo bem melhor
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